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Post by Daenerys Targaryen on Jun 22, 2013 23:04:01 GMT
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Post by Petyr 'Littlefinger' Baelish on Jul 12, 2013 18:19:49 GMT
Havia um cinzento a pesar sobre a cidade de Porto Real. Ouvia-se o bater das pedras da calçada umas nas outras, Baelish deu uns passos em frente procurando a fonte do burburinho que se instaurava naquela zona específica...espreitou e fitou três crianças que humildemente sorriam e corriam fazendo daquelas comuns pedras os seus cavalos e combatendo um contra os outros. Um leve toque nas suas costas o fez parar, sorriu e olhou para trás de forma serena. "Tomei a liberdade de vir até vós... Disseram que me queria adiantar alguns detalhes da vida incomum daquele ser desprezível..." Baelish fez uma pausa e observou à sua volta antes de prosseguir a conversa "A Aranha, como é conhecido...caminhemos...as calçadas carregam muitas culpas de dilemas e de planos mal sucedidos." Começa a caminhar junto de uma senhora, aspecto e idade nobres, roupas de tecidos não tecidos nas terras de Porto Real o que demonstrava uma certa posse duradoura e qualificável. E por um tempo caminharam, Baelish ia sorrindo sorrateiramente para algumas pessoas com atitudes normais que de normais nada trariam...iriam apenas fazer chegar a Baelish todos os murmurinhos e detalhes da vida de qualquer um que se relacione com o trono que tanto defende e que tanto atraiçoa. De um momento para o outro ambos se separam e aquela conversa que durara mais de três quartos de hora é como se jamais tivera existido.
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Post by The Hound on Jul 14, 2013 17:25:56 GMT
Uma cidade recheada de vis idiotas, fracos, corruptos e prostitutas. O seu pútrido cheiro que o enoja, é o suficiente para alimentar cada vez mais o ódio que nutre por esta cidade e os seus habitantes. Sandor percorria as ruas de Porto real, em busca de uma taverna para que pudesse beber de forma a acalmar o crescente ódio em si. O vinho era a única coisa que tornava a sua permanência ali suportável. Entra numa velha taberna praticamente vazia, sentindo alivio por poder beber sozinho. As horas passavam como meros minutos fossem, os seus pensamentos perdiam-se na imensidão da sua mente, até que surge a imagem de Sansa Stark. Essa bela e frágil criatura. Como ele gostaria de possuir aquela pele macia e perfumada. Esse pequeno pássaro torturado por aquele rapaz mimado. Que raiva que ele sentia por ver Sansa ser abusada por um dito rei, cobarde e fraco, que trata aquela doce criatura, como se tivesse o mesmo valor que uma prostituta do pior bordel. Ele protegeria-a, cuidaria dela e talvez fossem felizes. "Ela nunca olharia para um monstro como eu" pensou Sandor, tocando no seu resto desfigurado com amargura. Acabado o jarro de vinho, ele decidi ir a um bordel. Talvez entre as pernas de uma bela loira ele encontre a redenção.
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Post by Petyr 'Littlefinger' Baelish on Jul 15, 2013 22:53:58 GMT
Os negócios eram para Baelish algo indiscutivelmente importante e do qual somente ele tratava. Era um homem incapaz de confiar uma simples moeda nas mãos de uma pessoa honesta. Baelish sabia que ele era uma pessoa honesta...tão honesta como os abutres que pairavam sobre o seu caminho. Na ronda pelos seus negócios ocultos que mantinha à vista de qualquer um que tivesse poder monetário para o suportar, parou num pequeno e recostado bordel nas asas de Porto Real. Ao subir as escadas, deu conta de todo o reboliço que se espalhava pelo estabelecimento...suspiros...orgasmos...excitação e uma correria de mulheres desnudas de quarto em quarto satisfazendo as pobres almas que procuravam aconchegar os mais variados sentimentos do quotidiano. Dirigiu-se à entrada do mesmo bordel e alcançou um velho livro de rascunhos onde as suas propriedades anotavam montantes diários de lucro e valores que eram gastos na manutenção delas mesmas. Abrir sobre as suas mãos, enquanto observava um ou outro valor mais relevante, reconheceu a voz do homem que acabara de abandonar o quarto de uma das suas súbitas. "Ora ora senão é o mais leal e incorrecto guarda de família real?" Fecha com prontidão o livro que tinha em mãos, pousa sobre a pequena mesinha e caminha de braços cruzados, porém não mostrando nem um tom agressivo nem bondoso. "É como sempre se ouviu dizer..." pára diante de Sandor e prossegue "Caro Sandor, a solidão é algo que nos espia à noite e que nos destrói de dia. Não haveria de se encontrar a proteger o quarto de sua alteza? Quem dera a muitas das minhas donzelas terem a guarda do rei nas suas mãos...queria eu dizer pernas." E serenamente sorriu sem que jamais a postura branda fosse afectada.
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Post by The Hound on Jul 16, 2013 18:48:52 GMT
Depois de uma ejaculação de litros, o prazer momentâneo que rapidamente se tornou um sabor amargo na sua boca, o desprezo que sentiu pela pêga suja que o recebera de pernas abertas em troca de uns meros tostões. Não valeu sequer o esforço. Um homem que já presenciou o mesmo que Sandor não encontra satisfação por mais que a procure. Nem a possibilidade de morrer em combate o excita. A única coisa que assombra as suas noites é a imagem das chamas que ardem tanto no seu corpo como na sua alma. À saída daquele quarto que fedia a sexo, Sandor deparasse com mais uma pessoa que o ódio era o único sentimento que nutria por ele. "Little finger", o guarda tostões do rei. "Preocupa-te com as tuas pêgas que eu preocupo-me com os meus afazeres, homenzinho. E se contas a alguém que eu cá estive, não serão só as tuas meninas que terão o prazer da minha visita. Irás sentir o frio ferro da minha espada penetrar-te as vísceras até a vida ser-te sugada". Sandor olhou uma última vez para aquele vil homenzinho e com repulsa escarrou no chão à sua frente.
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Post by Petyr 'Littlefinger' Baelish on Jul 16, 2013 23:51:02 GMT
Baelish sabia que Sandor não iria responder amavelmente à sua pequena provocação porém, não adivinhara uma atitude tão rude. #É o cão! Esqueço que devo ser de baixa rés com o cão do reino!#. Dá um passo e com o sapato gesticula a limpeza do chão do seu bordel "É com absoluta discrição que recebo cada um dos clientes das minhas casas porém..." retira o pé da zona onde Sandor havia cuspido e completa "As substâncias de cada um devem ficar e manter-se no quarto e na mulher que o revele." Volta a colocar as mãos dentro das vestes que trazia, começa a caminhar calmamente para o lado exacto de Sandor, ultrapassando-o e diz com um tom extremamente falso "Continuação de uma excelente noite."
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Post by The Hound on Jul 17, 2013 4:27:46 GMT
A forma seca como o "Little Finger" falou para Sandor irritou-o profundamente. Embriagado como se encontrava, não admitia que um homenzinho lhe falasse com desprezo. Sandor fita-o fixamente com um olhar raivoso, atravessa o corredor furiosamente, agarrando Baelish pelo pescoço, elevando-o no ar. Elevando a sua voz diz "Se me voltas a falar com esse tom de voz eu arranco-te essa língua de cobra e dou-a a comer aos porcos! Ouvis-te, homenzinho?!". Ele sabia que não deveria fazer nada ao homem da moeda do rei, mas Sandor nunca soube conter a sua raiva, e nada lhe daria maior satisfação que lhe partir o pescoço como um galho. Momentos se passam e ele pensa nos seus actos, olha a seu redor e vê as nuas meninas de Baelish em pânico a apreciar o espectáculo. Sandor pousa-o no chão olhando friamente para o pequeno homem assustado.
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Post by Petyr 'Littlefinger' Baelish on Jul 20, 2013 16:37:21 GMT
A reacção de Sandor fez Baelish temer o seu bem estar... não era habitual receber uma resposta tão agressiva da parte dos quais ele provocava de forma contínua, se bem que, sendo Sandor um membro de segurança ao trono é aceitável e uma mais valia para o Rei que o temperamento seja deste nível. Quando voltou a sentir os seus pés tocarem no chão, respirou fundo e olhou, sem perder nunca a sua postura serena, para os cantos do bordel onde avistou dois homens de grande porte contratados para que tudo funcionasse em harmonia e situações daquelas, principalmente com ele, não acontecessem. "Hardel! Fringles! Acompanhai este homem até à saída." disse enquanto fixava o seu olhar reprovador nos dois homens que miravam ao canto da divisão. Estes aproximaram-se até Sandor, quando isso aconteceu, Baelish subiu o rosto para observar Sandor e declarou "Não pensei que pudésseis perder a postura tão facilmente...tão friamente... Ouvi dizer que não era o gelo que te causava tremores, terei eu más fontes? Até à próxima..." e virou costas a Sandor e aos dois homens que, num passado, intitulara de protectores daquele estabelecimento.
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